segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Abençoadas sejam as surpresas risonhas pelo caminho.

Abençoadas sejam as surpresas risonhas pelo caminho. As belezas que se mostram sem fazer suspense. As afeições compartilhadas sem esforço. As vezes em que a vida nos tira pra dançar sem nos dar tempo de recusar o convite. As maravilhas todas da natureza, sempre surpreendentes, à espera da nossa entrega apreciativa. A compreensão que floresce, clara e mansa, quando os olhos que veem são da bondade.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Quero menos, mais!

preciso aprender a ser menos. Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, eu não dou conta do meu coração que quer muito. Eu preciso desatar o nó. Eu preciso sentir menos, sonhar menos. Aonde está a placa de PARE bem no meio da minha frase? Confesso: eu não consigo. Agora eu entendo, TUDO DEMAIS É VENENO ! E é ! Nem amor em excesso faz bem, te faz esperar demais daquela pessoa e você se decepciona mais e mais . Sem explicação, motivo, me veio uma alegria, que não aceita ser felicidade, porque a felicidade é uma palavra muito longa e a alegria tem pressa, e eu acompanho o seu ritmo. Preciso da loucura para saber que existo, preciso da tristeza algumas vezes para saber que eu sinto, preciso escrever para saber que vou continuar vivendo

E só.

Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder. Como quem não aposta. Como quem brinca somente. Vai, esquece do mundo. Molha os pés na poça. Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por você. Abraça o que te faz sorrir. Sonha que é de graça. Não espere. Promessas vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita. Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer. Sonhos se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só”. CFA

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O verão está ai.

Tenho em mim, a idéia de que: quanto mais quente for o mês, mais frias as pessoas se tornam. Não sei se é pelo asco dos braços suados – os quais as envolvem – que os abraços vão aos poucos sendo substituídos por um simples O-L-Á. Bem de longe. Como comida de gente hipertensa: sem graça, sem sal, sem sabor. Obviamente, deveria ser ao contrário. Calor. Que te esquente além do corpo, além da carne. Aqueça tua alma, tua vida, tuas esperas. Faça-te sentir sede: de ar, mar, amar. Que diferente dos meses gélidos, tu possa sair do mundo Ortobom e, perceba que a vida é bem mais que a tríade dos ociosos: cama, coberta e preguiça. No entanto, ter o tempo favorável a isso e pessoas indispostas, é como colocar sorvete no micro-ondas.

- Um apelo para o verão: no próximo ano, além das calçadas, aqueça alguns corações.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

BURACOS COLORIDOS

Há quem diga que feliz é aquele que tem seu quebra-cabeça montado. Aquele que tem todas as peças no lugar e todos os espaços milimetricamente ocupados. Há quem acredite que tudo o que falta é considerado lacuna que deve, em qualquer hipótese, ser preenchida. Enquanto houver algo em branco, os lápis de cor não podem cair ao chão. Enquanto houver carta fora do baralho, a busca não deve terminar. Assim, há aqueles que afirmam convictos que todo espaço é buraco e que todo buraco é negro.
Mas eu me nego a ter os amores na palma da mão. Me recuso a ter todas as verdades na ponta da língua e todos os versos prontos na ponta da caneta. Preciso inventar. Preciso cair na minha própria armadilha e, docemente, me iludir. Preciso percorrer meio mundo ao sabor de um sonho. Preciso continuar acreditando na minha própria fantasia. Preciso ouvir a utopia, seguir a intuição e me deixar enganar pela miopia. Preciso mais da busca do que do encontro. Faço mais questão da escalada do que do topo da montanha. Enquanto o meu coração acreditar que a peça que falta está em algum canto do mundo, à minha espera, terei força e coragem pra procurá-la. E, pelo caminho, tenho poesias de sobra pra me consolar.
' Eu estou vivendo uma coisa muito boa. Aquela coisa que a gente suspeita que nunca vai acontecer. Aconteceu. Ou melhor tá acontecendo rs."²

sábado, 2 de outubro de 2010

Alem de mim;

Faço o impossível também. Mas eu sou um ser humano, tenho toneladas de defeitos e um deles é, ainda que sem querer, esperar que a outra pessoa também se preocupe comigo. Sei que cada um demonstra preocupação de um jeito, cada um ama de uma forma, não existe certo e errado. "Só porque alguém não te ama como você quer, não significa que não te ame com tudo o que pode". E é isso mesmo. Não podemos exigir amor, o nosso amor ou a nossa forma de amar não é a certa, isso não existe. Entenda que somos diferentes, e imperfeitos ! O que é certo pra mim pode ser errado pra você e vice versa . O amor tem um significado unico, porém, existem diversas formas de aprender a amar ! Contanto que seja amor, tá valendo .

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cartas.

Estou te escrevendo essa carta, pois hoje me bateu uma saudade; meu cigarro acabou e assim sinto-me amparado por alguém. Essa semana foi bacana, estive com várias pessoas, mas mesmo assim no fim da noite a solidão se faz presente. Acho que estava me deprimindo demais e tudo que aconteceu foi somente para mostra que consigo me superar.

Quanto aquele amor que eu estava vivendo. Só tenho a dizer... Acho que não tenho nada a dizer, faço igual ele, deixo apenas meu silêncio. Precisava tanto de você aqui por perto; podia até deixar o cigarro de lado. Ah, tenho uma novidade! Um novo romance; acho que posso chamar assim. Mas não tenho muitas expectativas (não tenho nenhuma). Mas vou aproveitar o momento, é uma coisa bacana; casual.
Nos últimos dias dormi fora. Senti essa necessidade de sair daqui um pouco. Acho que poderia chamar isso de “falsa felicidade”. Eu custo a entender que isso é pior pra mim, quando chego de manhã volta tudo ao normal e acho que fico pior. Ah, tenho outra novidade; Larguei a bebida! Agora meus únicos vícios são os cigarros, sexo e tristeza.

Vou me despedir por aqui. Escrevi essa carta apenas para desabafar um pouco, mas sei que não caberia nem metade das coisas que quero lhe contar. Para falar a verdade talvez nem a envie. Mas caso isso aconteça, um beijo bem grande e quero você perto de mim logo. Sinto muito sua falta!

Cansei de constantes agonias.

A verdade é que me enchi, De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando.
Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem.
Não se expurga um câncer sem matar células inocentes..."

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Acontece, idependente de querer ou não.

...Deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressiva não,
esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca,
em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Palavras soltas.

Eu acho que de todos os seres vivos, o ser humano, é o mais perverso. Um animal irracional mata ou engana por estinto, por sobrevivência, ou porque é feitio dele fazer. O ser humanao não, ele mata ou engana, por escolha, e isso me deixa confusa sobre as coisas. Será que as pessoas dizem a verdade, mesmo olhando dentro de seus olhos? Ou elas o fazem por puro prazer? Se eu, um animal racional, ser humano, de sentimentos verdadeiros, não sei a resposta, quem um dia vai saber?
Sinto que não me encaixo aonde quero, me sinto inferior por pensar assim, mas o que posso fazer?
A vida nos prega peças sempre, e quem sabe um dia, eu olhe para tudo isso, e veja como tentei, de um jeito ou de outro, ser superior a quem já era a muito, inferior a mim. Complexo não ?
Desejo sempre ter aquilo (por pouco que seja) que me faça bem, que faça sentir que valeu a pena; as lágrimas, os risos, o mais breve abraço.
Não minta pra ninguém, e muito menos pra si, seja SEMPRE o que deseja, não será sua roupa que fará você superior a nada nem ninguém, suas manias esquisitas; que fará de você um doido/a. Faça o que acha que deve fazer, e não o que esperam. Palavras falsas, machucam, doem mais que uma boa surra.

Carta para um homem que já morreu e um pouco de verdade viva'

Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz. E você já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora você morreu.
Não morre, por favor. Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me vê.
Mas você nunca mais me olhou quase chorando, você nunca mais se emocionou, nem a mim.
Você nunca mais pegou na minha mão e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena.
Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz.
De tanto treinar acostumei.
Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó.
O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos.
O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher, transar para sempre. Para dar tempo de seu ser criança, chorar para sempre.
Para dar tempo de eu ser para sempre.
Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você.
Antes que eu morresse de amor. Matei você.

Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu não.'

Ahá rs.

' Te amo mas não quero, nem te ouvir e nem te olhar..."

- Engraçado, eu estava olhando meus contatos do msn e as pessoas que eu mais gosto estão bloqueadas. - Irônico, não?!
- Muito... vai ver elas atrapalham minha vida...
- Ainda bem que você me odeia, aí não vai me bloquear nunca, hahaha!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Preciso de Alguém.

Meu nome é Caio F. Moro no segundo andar,mas nunca encontrei você na escada

Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal -, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas.

Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. (...)

Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.


(Caio Fernando Abreu - Crônica publicada no “Estadão” Caderno 2 de 29/07/87)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ainda não é hora'

E até o amor não é mais novidade. Porque ele já bateu na sua porta com uma força tão violenta que você fica pensando o que vai ser quando ele resolver voltar. E ele sempre volta, cada vez mais forte. Volta somente para te avisar que não é essa a hora, não é esse o momento, não é esse o lugar. Grita dizendo que você está fazendo tudo errado, que ainda precisa se ralar toda, comer muito arroz com feijão e se preparar para o que está reservado pra você. E vai embora deixando um “me esquece” pregado no espelho. E você se torna uma pessoa cada vez mais apaixonada. Altas doses de filmes e livros e musicas e poesias estão te deixando meio embriagada. E na tentativa inútil de sarar a dor, fica querendo sambar, e dançar com par diferente pra variar. E finge. Tudo o que tem feito é fingir, sabe como é? A gente acaba inventando uma paixão para se distrair, para se reerguer, para esquecer o outro amor. É tudo mentira. E você devolve os presentes, devolve as cartas, devolve os discos e tanto faz. Nada satisfaz o que você precisa. Acaba se sentindo culpada por mandar o outro embora, por fazer exatamente a mesma coisa que fizeram com você dias atrás. Fica se cobrando por não ser capaz de retribuir o amor que te deram de bandeja. “Ele não merecia isso...”. Azar! Ele não merece, você não merece, ninguém aqui merece coisa alguma. O melhor é economizar alma e ir vivendo sem ter um coração batendo. Suave é viver só.

 E eu que pensei que já tinha virado pedra.

Borboletas paralíticas.

Cansei de pensar que as coisas só acontecem no seu tempo.
De onde vem a calma? O que fazer com o desejo não realizado, a palavra não dita, o abraço não dado? O que eu faço aqui, quando tudo que eu mais quero é estar lá?

"Uma borboleta bate asas no Japão e causa um tornado no Brasil.

sábado, 11 de setembro de 2010

Malafemmena


Se tiveste feito a outro
aquilo que fizeste a mim,
este homem teria te matado,
e queres saber o porquê?

Porque sobre esta terra
mulheres como você,
não devem existir para um homem
honesto como eu.

Mulher,
tu és uma mulher má,
a estes olhos fizestes chorar
lágrimas de infâmia.

Mulher,
tu és pior que uma víbora,
me intoxicaste a alma,
não posso mais viver.

Mulher,
és doce como o açúcar
porém esta face de anjo
te serve pra enganar.

Mulher,
tu és a mais bela mulher,
te quero bem e te odeio,
não posso te esquecer.

Te quero ainda bem,
ma tu não sabes porquê,
porque o único amor
tu foste para mim.

E tu por um capricho
tudo destruístes, oh bela,
mas Deus não te perdoa
aquilo que fizeste a mim.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Tenta vai, Por mim

Olha para mim, me diz que tudo isso que agente tá construindo vale a pena. Que nenhum de nóis dois vai ter medo de se entregar a essa paixão. Que o frio que eu sinto na barriga não é em vão, e nem ilusão. Olha, me olha e confirma com um olhar apaixonado, grita para meu mundo que você está apaixonado. Vamos deixar o medo de se entregar de lado, vamos tentar, vamos arriscar, vamos simplesmente nos amar. Olha, eu sei que amar hoje em dia tá dificil, e eu sei que você sabe que se apaixonar tá dificil, mas vamos tentar. Não custa nada tentar, se agente quebrar a cara a vida faz o favor de consertar, mas vamos pelo menos tentar. Todos os meus ex's namorados me machucaram, mas algo me diz que você não vai me machucar, meu coração me diz que você vai me amar, que você vai me aturar, eu sei que você também quer, só ta com medo de se entregar. Talvez seja o medo de sofrer ou de me perder, mas vou te dizer uma coisa : VOCÊ NÃO VAI ME PERDER! Eu quero você, eu quero sentir aquela velha sensação de novo, de quando você chegar meu coração começar a acelerar. Tenta vai, vamos entrar juntos nessa paixão. Você vai ver, que nada vai ser em vão, e se tratando do coração... tudo vale, menos decepção!

sábado, 28 de agosto de 2010

Agostembro.

Ando retomando minhas cláusulas perdidas por falta de disposição. O verão está chegando e agosto está por fim terminando. Como se o fim do mês, fosse o recomeço de outra vida. Mas é só outro dia, como qualquer um. Agosto foi difícil pra mim e talvez um novo mês, venha repleto de coisas novas. Guardei minhas esperanças em um pote pequeno dentro da minha geladeira. Nesse calor é provável que ele derreta e eu as consuma para esse novo mês. Agosto foi repentino, e nesse tempo, descobri coisas, fiz coisas, e delas não sobraram muitas.  Eu rezei agosto inteiro, pedindo um setembro cheio de paz. Paz é a palavra perfeita pro resto da vida. Eu pedi volta, felicidade, volta, mais volta lá pro meio de agosto, mas agora, eu imploro por paz. Espero em setembro, pessoas novas, pessoas quentes igual a esse calor sabe? E que eu tenha alguma coisa boa pra mostrar por aí. Ninguém se interessa por nada parado. É por essas esperanças derretidas que a gente começa a fazer, sentir e ganhar coisas meu amigo. Vezenquando a gente dá até um sorrisinhos imaginando isso tudo acontecendo de verdade. Até te conto um segredo olha: Acho que ando até sonhando nas noites que consigo dormir algumas horas. Isso é bom não acha?

Vem logo setembro, te espero com curiosidade e ansiedade. Quase que pula de fora de mim.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um temporal em mim!

Incrível: de manhã atordoada com o sonho da madrugada e de noite entediada dessa vida sem riscos. Calmaria que a tinha hoje a deixa desesperada, pedindo, por favor, um algo a mais ou simplesmente que ela seja algo a menos. Que toda essa intensidade seja diminuída, que suma por instantes, pois preciso dos riscos. Preciso me sentir em uma montanha-russa, pois a roda gigante está girando devagar demais e isso está me causado náuseas. Estou me sentindo parada, confusa e fora de mim. Necessitando de risos, de cochichos, de toques e algo sem muito apego. Estou enlouquecendo vendo em outros olhos os sonhos a que tenho vivido. Meus momentos de intensidade e apego estão ficando de lado, a monotonia a qual ando luta contra a água fria que estou buscando. Estou cansada de rotinas, meia-boca, beijos ritmados e sem vida. Estou cansada de fingir ter quarenta quando vivo aos dezoito e minha pele pede perfume forte e marcante, os meus olhos pintados durante a manhã envolvem quem passa quem olha e sente ao fundo os olhares marcados em preto-fosco-paixão.Coisas de novela, coisas de alma e coração. Quero um pouco mais de emoção, subir o morro mais alto e gritar a mim, somente a mim. Estou sozinha durante o sol e sinto paz, sinto que sou feliz, porém essa felicidade busca uma contemplação. Minha felicidade sonha com sorrisos, gargalhadas e aquele tom: “não quero nada”.
Minha meiguice, meu excesso de emoção e coração estão necessitados de algo fervente, com cheiro de alecrim, gosto de Almadôvar e aquele toque de cetim. Rosas vermelhas, velas vermelhas, incensos intensos com descrição atrás assim: “atrai paixão”. Esse é o que largarei aos quatro ventos e quem quiser o mesmo, vá atrás. Eu não sou água parada, preciso renovar, seguir e chegar ao mar. Com um, dois, três ou dez olhares distantes-presentes, preciso de um pouco mais de tudo e menos apego ao que não me tira o sono. Insone, fora de mim, precisando me sentir a flor-da-pele.
Eu encontro os perfumes nas ruas por onde ando, sempre tive essa tara pelo desconhecido e por esse perfume misturado de tudo o que passa por mim. Sem cantadas baratas, sem beijinhos de nada, o que quero é algo que toque, arrepie e se perca do tempo. Quero algo que me tire os pés do chão, que me arranque os pedaços e me cause frios internos. Meus momentos de calmaria estão esgotados, sem ingressos à venda. Perdeu, achou o caminho e chegou o tsunami, quero estragos e mordiscos. Algo suave e dolorido. O que eu quero nem mesmo eu sei, só sei que o rio tem que andar e o vento o trará redemoinhos.
Enquanto isso, um sonho, um livro, o sol e os carros andando tão de pressa que nem os vejo, nem sei quem passa por mim. É assim, o vento vai e vem, as horas vão passando e vontade aumentando. Seguirei em busca da ventania.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sentir-se amado!

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso? A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas, e que dá uma sacudida em você quando for preciso. Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é ver como ele(a) fica triste quando você está triste, e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água. Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; Quem não levanta a voz, mas fala; Quem não concorda, mas escuta. Agora, sente-se e escute: 'Eu te amo' não diz tudo!

domingo, 1 de agosto de 2010

Submissão

Você não existe. Eu não existo.
Mas estou tão poderosa em minha sede, que inventei você para matar minha sede imensa. Você esta tão forte em sua fragilidade, que inventou a mim para matar sua sede exata. Nós nos inventamos um ao outro porque somos tudo que prescisamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos? Eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu detino. Você me dá seu futuro, eu te ofereço o meu passado. Então, e assim, somos presente, passado e futuro. Tempo infinito em um só, esse é o eterno.

Chegue bem perto de mim, me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto, não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada (Caio Fernando Abreu)

sábado, 31 de julho de 2010

Diálogo!

- Você some, não responde emails, não liga, não responde sms, marca encontro e não dá as caras. Depois volta e se comporta como se tivéssemos nos falado ontem.

- Eu sei, me perdoa. É que sou assim, algo me puxa para outro lado, algo acontece e eu vou, alguém me chama e eu aceito.. não é por mal não é que eu não dê importância... simplesmente acontece ...
- Mas custa avisar de alguma forma?

- Não, eu sei que não... mas eu sempre quero fazer isso de uma maneira especial, não quero so uma mensagem dizendo não vou, quero pedir desculpas, dizer porquê e nem sempre dá...

- Como assim não dá? Sempre dá...

- Como é que eu posso por exemplo, ligar e dizer que resolvi sair com aquele amigo que prometi dias antes, riscar do mapa? Como dizer que não fui pois fiquei com preguiça de me arrumar? Ou dirigir? Ou que me distrai com meu patrão e perdi a hora de voltar para casa.

- Mas essas são as suas razões para não ir, para não dar notícias?

- Eventualmente ...

- Não acredito, você tem idéia como isso soa egoísmo? Deixar alguém esperando por esses motivos? Sem se quer da uma explicação... ficou pior, porque, agora, acho que você não dá a mínima para mim...

- Isso não é verdade eu adoro você!

- Maneira interessante de gostar de alguém, esta sua!

- Nunca amamos os outros como queremos.

- ???

- Nunca é como deveria ser. Cada um ama de um jeito e nunca é do jeito que o outro entenda...

- Não distorce, estávamos falando de você sumir e não avisar..

- Mas é isto, eu sou assim, sou mais assim ainda com os mais próximos. Acho seguro furar com você.. porque sempre acho que você vai entender que isto não tem nada a ver com o que sinto por você!

- Que bom... você fura comigo, porque gosta de mim, não acredito nisso!

- Então me desculpe, mesmo sem acreditar! (estou sendo sincero com você)

- Você promete me avisar na próxima??

- Prometo tentar!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meio Anjo-diabinho

De manhã aquele sol bate na janela e eu acordo ouvindo barulhos, ruídos, pessoas falando como doidas. Eu confusa e um tanto perdida nem sei onde estou e o que fazer depois de tudo. Escovar os dentes, vestir aquela roupa da noite passada e os tênis jogados no canto da sala e pronto, saindo para caminhar, pensar e ver aquele sol todo raiando lá fora. Dia quente, eu na rua sozinha e a cabeça voando. Estou enlouquecendo e mudando. Olhos pintados, cabelos arrumados, salto alto e aquele meu velho e lindo batom nude, saindo na rua ouvindo mil e um casos contados aos detalhes daquelas pessoas desconhecidas paradas na esquina. Tonta e linda, uma rainha meio sonsa, uma princesa meio louca e uma mulher, típica mulher em seus dias de transação, em pleno momento de fusão. Andando, feito dona moça, sapatinho lindinho em seu pé trinta e três causando dores e estresse, e por dentro aquela velha menina de sempre com seus tênis correndo na rua fugindo da sombra que a assombra. É tudo assim, os dias vão e vem, o sol vai e vem a lua e o que era ontem se torna rapidamente hoje e o antes é esquecido, trocado pelo que é agora. E eu, confundida? Meio louca e meio certa vou tentando me ajeitar e deixar pra trás o que já se foi. Assim mesmo toca a vida a menina-mulher-tonta-rainha, tudo isso em uma só como se fosse várias mulheres enlouquecendo e a beleza se desfazendo. Agindo como uma bela de repente a fera toma conta e o que ela angelical se torna um diabinho – como aquelas velhas figuras, de novela, do lado direito o anjo mostrando o bem e do esquerdo aquele diabinho sem vergonha induzindo ao avesso – ela se cala, sorri ao diabinho com cara de “to afim”, porém aquele anjinho a deixa em dúvida. O que seguir? Estou confusa. Como quem pede um algodão doce eu tomo meu mate amargo e fico pensando e cada vez mais pirando. Estou até virando gente grande! Impressionante a minha alto-confiança em viver essa vida adoidada, se fosse há algum tempo atrás certamente eu gostaria de ser abduzida ou, em nossa boa e típica língua, fugir desse tempo corrido e dessa falta de atenção aos que estão em volta. Mentiras e caras-de-pau, vejo isso à volta durante o tempo todo e essa elegante rainha raivosa e anjinha fica sem saber o que fazer. Coisas bobas, fúteis e eu no meio feito aquele jogo de criança em que sempre tem o “bobo”. Mas, continuo elegante, linda e delicada, por mais que me falte, muitas vezes, a paciência, amores e bla bla blá. Sou essa bela e fera que esconde quando precisa o seu lado mais feroz. Gata selvagem e por vezes sei ser domesticada. Rá! rs

domingo, 25 de julho de 2010

Acontece, idependente de querer ou não!

Eu estive trancado num quarto escuro por todo minha vida! A janela estava vedada...não havia luz alguma lá, por isso o espelho nada refletia! Mas a parede do quarto apodreceu e alguns tijolos cairam, então a luz pode entrar e eu pude me ver finalmente...Começo a entender o que sou, mas da medo....E agora a porta ja não está trancada...será que devo sair??
...Um tempo depois....eu respirei fundo e sai....no inicio a luz machuca os olhos....ha dor....ha revolta....e sem querer acabo ferindo quem mais me ama....pois não sou como sempre sonhou e nem como sonhei....eu sofro junto...as lágrimas aumentam minha angústia.......eu queria voltar para o quarto original...juro q queria...mas parece q cresci.....aquele quarto não pode me conter mais....
Viver...é muitas vezes estar em sofrimento....mas o fato de viver, independe da minha vontade.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Não sou pedaço, mas não me basto.

Ando sentindo umas coisas que não entendo direito. Não gosto de não entender o que sinto. Mas gosto de lidar com o que não conheço. Por isso, não tente me parar. Não me peça para não ir. Não me diga para tomar cuidado, eu não sei amar mais ou menos. Quando eu decido, eu vou. Afinal, quem pode comigo quando eu digo tudo o que sinto? Me entrego, me arrisco, me corto, me estrepo, azar meu, sorte minha que nasci assim. Pede minha derrota, vai! tenta a sorte, pede pro seu santo, vamô vê se ele é forte! Meu coração se esgarça, me embolo em mim mesma, dou nó. E daí? A vida é minha. Amor não tem garantia mas tem devolução. Pode começar do nada, pode acabar de repente, pode não ter fim. Mas tem sempre o meio. O amor é isso que você está vendo: Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será. As coisas são como são, na hora certa, e foda-se. A gente tem o que precisa, não o que quer, o importante é: não permita nunca que você se decepcione, pois só você tem o poder de fazer isso. Vence quem passa por essa vida rindo. E se o preço que se paga por ser um pouco feliz é ser um pouco idiota, dane-se.
Não nego, tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço, mas não me basto. Ainda bem que existem amigos para amar, abraçar, sorrir, cantar e tirar fotos bonitas. Os amigos te dão colo e dias incríveis... Tenha sempre amigos e um amor por perto, estar sozinho é triste, enche o saco dos outros e deve fazer mal para a saúde."

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Perceba enquanto a tempo.

você me conhece um pouco e sabe que eu só voltaria a sua casa se não tivesse um mínimo de amor-próprio. ainda tenho, não voltei. em toda a sua atitude, você procurou deixar bem claro que estava-muito-ocupado-que-tinha-muitas-coisas-a-fazer-e-se-eu-quisesse-telefonasse-outra-hora. haja, não é? entenda bem: não me veja tentando reatar uma história de amor já bastante espatifada ( ou talvez sim, mas você não me deu chance e a coisa mais saudável que eu podia fazer era entrar noutra ). (...) não é afastando as pessoas que te amam - como eu, por exemplo - que você vai se sentir melhor. repito que estou preocupada com você. fico pensando o dia inteiro, e querendo saber coisas, que você me escreva, que você me ligue, que você me diga qualquer coisa para que eu possa estar do seu lado. você não está permitindo isso, e eu não estou sabendo como agir. entenda que eu quero estar com você, do seu lado, sabendo o que acontece. de repente me passa pela cabeça que a minha presença ou a minha insistência pode talvez irritá-la. então, desculpa não insistirei mais. (...) eu queria dizer que eu estava com você, e a menos que você não me suporte mais, continuaria te procurando e querendo saber coisas. bobagens? pois é, se quiser ria como você costuma rir para se defender. não estou me defendendo de nada. estou perguntando a você se permite que eu tenha carinho por você, seu idiota. mas estou aqui, continuo aqui não sei até quando, e quando e se você quiser, precisar, dê um toque. te quero imensamente bem, fico pensando se dizendo assim, quem sabe, de repente você até acredita. acredite.

sábado, 26 de junho de 2010

Então venha?!

Vem, que eu quero te mostrar o papel cheio de rosas nas paredes do meu novo quarto, no último andar, de onde se pode ver pela pequena janela a torre de uma igreja. Quero te conduzir pela mão pelas escadas dos quatro andares com uma vela roxa iluminando o caminho para te mostrar as plumas roubadas no vaso de cerâmica, até abrir a janela para que entre o vento frio e sempre um pouco sujo desta cidade.
Vem, para subirmos no telhado e, lá do alto, nosso olhar consiga ultrapassar a torre da igreja para encontrar os horizontes que nunca se vêem, nesta cidade onde estamos presos e livres, soltos e amarrados.
Quero controlar nervoso o relógio, mil vezes por minuto, antes de ouvir o ranger dos teus sapatos amarelos sobre a madeira dos degraus e então levantar brusco para abrir a porta, construindo no rosto um ar natural e vagamente ocupado, como se tivesse sido interrompido em meio a qualquer coisa não muito importante, mas que você me sentisse um pouco distante e tivesse presso em me chamar outra vez para perto, para baixo ou para cima, não sei, e então você ensaiasse um gesto feito um toque para chegar mais perto, um pouco mais perto, apenas para chegar mais perto de mim.
Então quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado, aqui, sob este teto curvo e quebrado, entre estas paredes cobertas de guirlandas de rosas desbotadas. Vem para que eu possa acender incenso do Nepal, velas da Suécia na beirada da janela, fechar charos de haxixe marroquino, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros possíveis ou presentes impossíveis, dos meus muitos ou nenhuns eus. Vem para que eu possa recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque tenho medo e estou sozinho, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois."

'Ao Som de Come Back Down de Lifehouse ;@

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Me sinto sozinha...

Estou sentada no computador,tá passando um filme na tv sobre guerra quimica e
quem liga pra isso?
Ta todo mundo se matando lá fora.
Tenho vontade de chorar, mais não saí nada.
Eu queria olhar pra olhos que me vejam, ser tocada por mãos que me sintam.
Tudo está longe de mim, tenho tanta vontade de sumir, mais eu sei infelizmente
eu sei que de nada vai resolver eu fugir, não mais uma vez...
Então, eu engulo seco tudo que a vida tem me colocado no caminho...
E penso, o que eu fiz de tão errado, pra estar tão mal,tão só...
Porque eu afasto as pessoas de mim? quando o que eu mais quero é que sentem
do meu lado, me falem o que eu preciso ouvir, ALGUÉM,POR FAVOR.
Não consigo chorar, não sofro,não sinto nada. Queria pelo menos estar em poços
de lágrimas,mais só fica isso aqui, uma coisa seca por dentro,por fora, em tudo
que faço e que vejo...é isso então?
Você pegou na minha mão, me mostrou como fazer... e me prometeu sempre estar
por perto.. e acreditei em tudo,certo.
Estamos distantes, alguns quilômetros se transformaram em anos...
Já consigo ver graça nas pessoas,como rir de algo que não foi engraçado rs
Queria poder voltar á ver o brilho nos meus olhos, aquele sorriso, nossa
aquele sorriso me deixava tão feliz...
Eu perdi minha terceira perna,agora sou uma pessoa normal, sem qualquer
impossibilidade de viver uma vida normal..
Mais esse normal, não me satisfaz.
Eu fico de pé, e penso vocês estão todos errados,todos.
Eu desejo você,eu penso em você, eu sou você.
Quem diria...
Eu pergunto: você está aí?
Mais nunca me respondem... então penso, será que não me respondem porque sou eu? e depois penso: não,não responderam porque
não estão lá.. será que é tão dificil pra você aceitar que as coisas são como elas são e ponto.
Para de se martilizar, pare de sentir saudades,pare de sentir falta.
Sabe do que sinto falta?rs (respiro-fundo)
Sinto falta de ficar mechendo nas suas espinhas
de te olhar,nunca querendo parar
de ouvir você dizer como sou doente e loca
de me deitar com você, e durmir sendo um só por algumas horas
porque você fez isso comigo? porque me abandonou? não é isso que todos procuram,amor? eu te dei amor,eu te dei amizade,
companherismo, porra agente rachava a conta rs
Nesse momento estou chorando, está descendo as lágrimas,tão salgadinhas rsrs
Eu lembro das nossas brigas,de tocar você, uma vez, duas veses...
Eu fico imaginando agente daqui uns anos, será que um dia vamos nos encontrar? tomar um café quem sabe... não não, nós dois
sabemos que preferimos chá.
Só não queria que me deixasse aqui, mais meu querer não tem mais forças sobre você e nem sobre mim.
Você é um filho da puta, é sim com todas as letras.
Eu sinto vontade de te matar, AHAM,MATAR! tipo comprar 5 reais de gasolina e espalhar ela por toda sua casa,risca um
fosforo e rir muito,rs. quem sabe te matar, pararia de me matar. Ai ai, preciso me tratar. rs
Como será que está? queria te ver, me liga amanhã? é, acho que não...
Na verdade a melhor coisa seria você nem mais falar comigo,porque insisti nisso? não te vejo como amigo, eu quero
fazer amor com você cara,isso seria a coisa certa a se fazer,sim, fazer amor com você. Não,não seria,e isso me deixa triste.
Nada disso vai acontecer, nada.
Daqui umas horas o sono vai acabar chegando, vou durmir, correr de manhã, estudar, aula á noite, conversas sem importãncia
Coisas pra se fazer, pra mim ocupar... não sei.
Ou eu te esqueço ou enlouqueço, louca eu já estou e sou, então vou engolindo você devagar,chorando quando tem de chorar,
te matando dentro de mim,que é o único local possível pra se cometer esse homicídio tão sonhado.
Tem se alimentado direitinho? e a tosse,parou?
Espero que esteje usando uma camisa,é tão magro, precisa se proteger do frio.
Eu estou caminhando com o vento, ainda lembro das datas que só eu comemorava e você achava uma bobeira comemorar todo mês mais
um mês de namoro.. outro dia peguei tuas coisas que restavam no meu quarto, uma blusa,uma samba-canção, uma foto, aquele
travesseirinho fofo que me deu de aniversário escrito coisas que nunca soube me dizer... rs.Então as escondi debaixo da cama,
dizem que depois que se acaba um relacionamento, se recomeça, eu não estou recomeçando nada, estou caminhando, na direção
oposta que você, não quero te ver,não quero ouvir sua voz-de-preguiça e muito menos olhar nesses teus olhos que não aguento olhar,
Se você vai pra direita, eu invento outra direção,tenho medo até de ir pra esquerda,vai que você confude e caí na esquerda.
Não quero trombar contigo, um encontro por esses dias, me deixariam ainda mais frágil.
Ser tão boba assim, está cada vez me custando mais caro...daqui a pouco entro no cheque-especial.
Vontade de ir no cinema contigo,não de verdade, nessa verdade que você quer, e eu obrigada tenho que me acomodar.
Fumo meus cigarros e já não me importo se isso incomoda alguém. Durmo ao amanhecer e acordo quando
ainda está amanhecendo. Penso, penso muito. Nunca dediquei tanto meus pensamentos à mim mesma como tenho
feito. Sinto leveza, mas tem horas que o coração ainda pesa aqui dentro, mas depois passa. É, passa.
Como muitas coisas têm passado, ou eu tenho passado por elas as deixando pra trás. Indiferença, talvez.
Volto com a minha auto-proteção, preciso de mim, preciso me guiar, meus pés vão me levando por onde os
pensamentos acham que é certo. Egoísmo, não. Só preciso me amar mais. Durante muito tempo vim me doando e
amando de uma forma absurda. Assim, vastidão. E doeu, teve horas que doeu amar demais, perder o controle,
querer enlouquecer de amor. E agora? No more. É bom olhar pra trás e comparar com o presente e perceber que eu
já aguento. Que já aceito os nãos que a vida me dá e que já consigo dá-los quando preciso. Engoli omissões
e mentiras, e as digeri bem, vomitá-las não daria em nada e eu ainda ficaria com um gosto ruim na boca. Agora
eu mantenho-me longe delas. Não pertenço à ninguém. Sou dona de mim, e você pode encarar isso como quiser.

Venho aprendendo a não me importar, também.

Chega, Cansei.

A verdade é que me enchi, De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.
Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser.
Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar?
Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando.
Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes..."

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Simples assim.

Tem gosto de calma que quando explode delicia do céu da boca ao céu azul. Tem cheiro de rosa branca, flor-de-maio misturado com Egeo Dolce. Um tom de romance misturado com desejo. Tem desejos e saudades, é mutável e cosmológica. É doce como bala de goma e azeda como aquele limão misturado com vodca dos sábados. À noite ilumina sua alma como alguém abaixo do refletor. Ela é assim, tão ingênua e insensata; tão ela, tão pura e puta; tão bela e feia; tão Maria, tão Julieta e tão Chanel.
Some durante a noite em seus sonhos e tem vontade de sumir também na realidade. Acorda com impaciência e implora, muitas vezes, por um pingo de indecência. Doce, linda e encanta o céu por onde passa. As ruas tão pequenas perto do seu olhar imenso mirando o horizonte e esperançosa com a mudança. Os rios que banham a região dos seus pés passam e a levam junto buscando encontrar novos afluentes e novos amores indecentes, impuros, imperfeitos e conturbados. Amores reais sem sonhos e fantasias, isso tudo ficará para depois. Um sorriso largado ao vento que vem e vão, redemoinhos de paixões e contradições. Assim o tempo se vai, os olhos brilhando e o desejo está próximo do real. Assim a doce moça dos olhos como amêndoas vai vivendo, sendo e crendo.
Quando uma gota de intolerância escorre em sua alma, queima. Ferve seus olhos, ferve seu sangue, mas não fere seu peito, não muda a essência, não esquece o tempo e muito menos o aprendizado. É simples, tem sotaque marcado dos farrapos e o sangue quente de uma guerreira. Um mate amargo é água pura. Um xote carreirinho é o balanço das ondas. A vontade de liberdade é histórica, é clara e uma busca diária. Ser livre, cantar e voar. Ser canto, livre e voando aos quatro ventos, aos céus estrelados e buscando a brisa fresca que aquieta a alma. A alma é eterna, a razão é eterna e a minha busca caminha junto, eternamente.
Ah! Ela é um encanto quando está aos nervos, ela é linda quando seu rosto franze e gostosa quando limpa a casa. Ela é mulher, é gata leoa pantera, é um sonho e pesadelo insistente. Traz-me o riso, o choro, o cheiro, o gosto; traz-me a calma, a paz e o tormento. Em minha vida causa terremotos. No céu de minha boca faz nascerem estrelas.Serei sempre Simples Assim.

terça-feira, 22 de junho de 2010

É um perigo

Sem choro nem vela. Ele reza para dentro lutando contra Deus e o diabo dentro dele, pensa ser o Dono dos planetas, E isso em mim doía. Morri tantas vezes, envelheci dez anos em um dia. Depois era como se tivesse nascido de novo. E era tão estranho. As pessoas tentavam correr na direção dele, mas não havia mais direção, queriam sentir seu cheiro, mas o perfume era outro. E na hora do amém, só restava as palavras não ditas, os abraços não dados, os desejos não realizados. O nome dele? Para quê você quer saber? Ele vai abrir a porta da tua vida, entrar e sair. Não há tempo para se conhecer, e ele nunca vai ser teu meio amigo, nem o teu quase amor. Dê-lhe o nome que quiser. Ele vai sentar e conversar, vai falar alto se pisarem no seu calo, vai se comportar quando achar que deve e se entregar quando estiver a fim. É assim que funciona, ninguém ensinou a fazer diferente. Os anjos não existem e ele não é um deles. Ele não vai ficar abraçado contigo até que você pegue no sono, porque depois não terá ninguém para fazer o mesmo por ele. Você pode até gostar dele, mas não se apegue, porque daqui a alguns meses ele vai querer ser igual a todos os homens que você já conheceu: os mesmos defeitos, as mesmas necessidades de se sentir superior. Seu coração vai durar só uma noite, depois disso ele está proibido de se envolver. E você? Você não vai ter paciência, você vai abandoná-lo no primeiro diálogo? você vai cortar o mal logo de cara? ou vai achar melhor se deixar levar, novamente por umá lábia maldita, estou me expondo e arrancando suas vendas enquanto é tempo! se nada adiantar, sinto muito vejo vocês no fundo do Poço.

Apague a luz enquanto ainda é cedo, vai ficar tudo bem.

sábado, 19 de junho de 2010

Só os poetas são felizes.

Cada um tem sua maneira de se expressar. Nas artes, na música, na dança. Na comida que come, na roupa que veste. Nas atitudes e... nos sentimentos.
Você pode viajar o mundo todo, conhecer várias pessoas e não descobrir o que quer, pode pintar belos quadros e não ficar satisfeito, pode tentar compor várias músicas e nao encontrar a batida perfeita. Você experimenta uma roupa e depois percebe que ela não combina com a pessoa que você está tentando ser. E fica nessa agonia, nessa eterna insatisfação crônica sem saber o ingrediente que falta, sem saber se muda de atitude para combinar com a roupa ou se muda de roupa para combinar com suas atitudes. Você fez duas faculdades, fala três línguas e aprendeu a cozinhar. Descobriu que não gosta da sua comida, não gosta da sua profissão e falar inglês no Brasil é perda de tempo. Você se orgulha de tudo que conquistou, mas não é feliz.
Os poetas já deixaram essa vida pra trás. Desistiram de escolher entre o certo e o errado, eles simplesmente não escolhem. Já cansaram de virar noites acordados pensando sobre a origem do universo, teorias conspiratórias ou de onde vem a carne do MC'Donalds. Poetas tem seu travesseiro leve, ocultam nas entrelinhas de seus poemas, sentimentos que poucos entendem. Não publicam muita coisa, guardam tudo em suas gavetas, latas e caixas de papelão. Parecem ser os únicos que entendem o amor e guardam só pra eles. Poetas são egoístas, escondem suas fontes, escondem seus ingredientes a sete chaves. Não revelam nem sob tortura, a receita da felicidade.
 E de que valem minhas palavras? De que valem meus pensamentos? De que vale minha existência? Nada!!! E eu sei disso, porque na verdade, ninguém vale nada, porque no fundo, nada vale, e eu vou me encontrar sempre no mesmo lugar. É como sonhar, você sonha, sonha, e quando está quase lá, você acorda, e está de novo ali, deitada na cama, tão imóvel e inútil. E de que vale se lamentar? De que vale tudo isso? Você não tem outra escolha, a não ser viver... E o que é viver? Quem se importa com a vida? Se ela fosse assim tão importante, por que nos matariamos a cada instante? Vamos rir, não se tem mais o que fazer, não se tem mais o que dizer... Tome aquele chazinho no meio da noite, e tudo vai ficar bem. Porque tudo sempre fica bem, lembra?

Encontros! Desencontros?!

"Era preciso que fosse um momento absolutamente perfeito. — Ele foi dizendo, uma tarde afinal de Junho. Ela esperava, ele respirou sete vezes, profundamente. Eu não consigo entender nada do que se passa meu amor secreto, meu amor calado." (Caio F. Abreu)
Foram muitos desencontros, então em uma manhã quente de Junho, finalmente nos encontramos, em um dia que parecia que nada ia dá certo, e só deu certo, porque fomos contra o destino. Vi ele seguindo em minha direção, houve o encontro de olhares, um abraço apertado, conversas paralelas, uma piada "besta", minhas bochechas vermelhas. E depois de Junho, "fomos levando assim, que o acaso era amigo do nosso coração", e morando em cidades diferentes,  muito distantes, nos víamos quando dava certo. De repente, os sentimentos foram aumentando rapidamente, eu ficava pensando nele, então ele sonhava comigo; eu lia os pensamentos dele, então ele plantava afeto em meu coração. Era amor? Não sei! O que é amor?! Seja lá o que sentíamos ou não, foi cada vez crescendo; até aparecer aquilo que damos o nome de: Medo.
"— Tanto medo, você me entende? Mas ela não sorria nem movia músculo algum no rosto."

Continuei levando, continuo levando, e o medo?
coloquei dentro de uma caixinha, pra quer ter medo do amor!? não há o que temer.
e se não for amor? caberá só a mim esquecer.

Ao som de "Último Romance" (Los Hermanos)

Desconforto.

Nada tá bom, nada tá certo. Nada é suficiente para me deixar satisfeita. Ando com crise de superioridade e não sei se me envergonho ou me orgulho disso. "Prepotente você, por demostrar indiferença e dispensar um elogio meu", alguém me disse. Quando penso que cheguei no meu limite, descubro que tenho que me esforçar um pouco mais. Rigorosa com tudo. Esnobe demais para demostrar interesse em coisa alguma. Orgulhosa demais para aceitar os defeitos dos outros, indiferente demais para me apegar a sentimentalismos.
Descarada, nunca digo a verdade. Só faço confundir. Até a verdade é meio duvidosa se for dita por mim. Abuso de reticências e nunca uso um ponto final. Manipulo as pessoas a meu favor. Não estou nem aí. Egoísta demais para me preocupar com os outros.
"O mundo é dos espertos", alguém me disse. Não, o mundo é dos otários, respondi.
Minha cabeça ferve de pensamentos obscuros. Cheguei a morder meu braço até ficar roxo, pelo simples prazer de sentir dor.
Ninguém tem paciência comigo, ficam muito cansados com as minhas conversas porque eu não dou sussego um minuto sequer, não consigo relaxar. Estou sempre questionando tudo, fugindo do óbvio, duvidando dos fatos. Perfeccionista, insuportável!
Eu que sempre critiquei pessoas desse tipo, estou me tornando uma?
O silêncio nunca me incomodou tanto. Quero gritar ao mundo todo o que guardo entalado na garganta, me jogar do mais alto pico sem ter pena de mim mesma. E eu não tô jogando limpo, não quero saber de regras. Dispenso seu braço direito e seu ombro amigo, dispenso tudo o que vier pela metade, não quero metade de nada. Se é pra fazer, porque não faz direito? Porque não vai até o fim? Covardes, devagar, limitados, isso que são. Se intimidam com um olhar mas não sabem desvendar o que tem por trás dele. Ficam só de braços cruzados esperando que eu me prontifique a explicar as coisas. Isso me cansa profundamente. Ando "complicada demais para sua capacidade de raciocínio."
Está na hora de alguém me explicar as coisas, porque estou cansada de ter que entender tudo sozinha. Quero alguém que me pertube e me conforte, alguém que me bata e depois assopre, mas que não demore muito pra assoprar porque eu sei me curar muito rápido sozinha. Alguém que aperte meus braços e me sacuda com força (sim, é disso que estou falando). Quero que gritem comigo, me digam quem sou, para onde vou e o que tenho que fazer. Alguém que saiba do que eu preciso.

Quero alguém para mandar em mim, porque eu já cansei de ter que mandar nos outros.
 Talvez eu nem queira alguém. Eu quero você, só você, que insiste em me torturar ficando sempre tão longe de mim...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sem ensaios, sim Primeiro Capítulo.

'Dessa vez não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente geminiana vai negar no dia seguinte, não fugirei de palavras bonitas porque quem diz não é uma pessoa perfeita, não arrumarei mil defeitos pra brigar contra as novecentas e noventa e nove qualidades, não desviarei meus olhos por medo de ter minha mente lida, não sumirei por medo de desaparecer, não vou ferir por medo de machucar, não serei chata por medo de você me achar legal, não vou desistir antes de começar, não vou evitar minha excentricidade, não vou me anular por sentir demais e logo depois não sentir nada, não vou me esconder em personagens, não vou contar minha vida inteira em busca de ter realmente uma vida.
Dessa vez não vou querer tudo de uma vez, porque sempre acabo ficando sem nada no final.
Estou apostando minhas fichas em você e saiba que eu não sou de fazer isso. Mas estou neste momento frágil que não quer acabar. E estou aproveitando pra tentar levar algo adiante. Relacionamentos que não saem da primeira página já me esgotaram, decorei o prólogo e estou pronta pro primeiro capítulo...Estou me arrumando e ja vamos começar,Sim estou pronta!podemos começar!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Temperamentos e Afinidades.

O que é melhor para o relacionamento de um casal: que eles sejam iguais ou diferentes? Alguns apostam nos casais siameses: os dois corintianos, os dois petistas, os dois fumantes. Já outros preferem o antagonismo: ele Corinthians, ela Palmeiras; ele PT, ela PMDB; ele fumante, ela presidente da Associação de Combate ao Câncer de Pulmão.
Cada casal tem sua fórmula para dar certo, mas um pouco de equilíbrio ajuda a manter a estabilidade. O melhor parceiro é aquele que é bem diferente de nós e ao mesmo tempo muito parecido. Como? Diferente no temperamento, mas com mil afinidades.
Dois calmos vão pegar no sono muito rápido. Dois gulosos vão passar muito tempo no supermercado. Dois sedentários vão emburrecer na frente da tevê. Dois avarentos nunca terão um champanhe dentro da geladeira. Dois falantes jamais vão escutar um ao outro.
Temperamentos iguais se neutralizam. Temperamentos opostos é que provocam faísca. Ele é super responsável, paga as contas em dia e jamais ficou sem combustível. Ela, ao contrário, é zen. Sua música preferida é um mantra. Não sabe que dia é hoje, mas tem certeza que é abril. Brigas à vista? Que nada. Ela o acalma, ele a acelera, e os dois inventam o próprio ritmo. O que importa é que avançam na mesma direção.
Quando o projeto de vida é antagônico, aí é que a coisa complica. Ele adora o campo, odeia produtos industrializados e não perde o Globo Rural. Ela almoça e janta hamburger, tem horror a qualquer ser vivo com mais de duas patas e raspou suas economias para ver o show dos Rolling Stones em São Paulo, sua cidade modelo.
Ele odeia a instituição chamada família. Ela, ao contrário, não abre mão das macarronadas dominicais na casa da mãe. Ele não sobe num avião nem sob decreto, ela sonha em dar a volta ao mundo. Ele quer ter quatro filhos, ela ligou as trompas quando fez 18 anos. Ele é ativista político, faz doações para o partido e participa de sindicatos. Ela vota em quem estiver liderando nas pesquisas. Ele não admite televisão em casa, ela não admite menos de três: uma na sala, outra no quarto e uma de dez polegadas na cozinha. Pode dar certo? Pode, mas alguém vai ter que abrir mão dos seus sonhos.
Temperamentos diferentes provocam discussões contornáveis. Já a falta de afinidades pode reduzir um dos dois a mero coadjuvante da vida do outro. Alguém vai ter que ceder muito, e se não tiver talento para a submissão, vai sofrer.
Logo, não importa se ele chega sempre atrasado e você é a rainha da pontualidade, desde que ambos tenham a mesma visão de mundo e os mesmos valores. Esse é o prato principal de todo relacionamento. O resto é tempero.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Confessionário.

Confesso que na verdade eu queria um confessionário, um que eu pudesse expulsar todo meus demônios de uma só vez. Todos esses demônios que você, indubitavelmente me trouxe. Arrastou-os pela cidade e trouxe. Trouxe todos o que pode, até mais do que eu suportaria. Assim fiquei, endemoninhada, assim me sentia todos os dias que acordava, mas mais do que tudo, agora uma frase quer sair de dentro de mim, como expulsão, como dizia caio "não consigo mais ver nenhum anjo em você", e não vejo mesmo, vejo apenas dois olhos diabólicos, mesquinhos. Depois de hoje eu aprendi a me libertar desses demônios. Ou melhor: de você. Desse seu mundo medíocre. Não sei se percebeu, mas depois de tudo que ouvi fiquei surda, de tanto que senti, me tornei pedra. Por dentro e por fora. E agora que eu sei quem você é, consegui ver o que se escondia por trás de tudo que eu fantasiei, de tudo que eu construí. Sozinha, pois você somente se preocupava em como envenenar. Em como distribuir seu veneno em cada célula do meu corpo. Assim eu me deixei levar por tanto tempo, por esses olhos tão malditos que não suportaria um gesto de amor que eu nessa cegueira dei, dei mais do que poderia, mas agora conheço os botes de serpente que sempre preparava. Descobri que posso ter vida própria, sem mordaças, sem algemas, sem veneno, sem o seu veneno. Depois dos olhos cortados, o coração sangrado e meia vida desperdiçada, tenho uma alma que quer e grita por eu mesmo, pela minha própria companhia que eu nunca soube dar, e aos poucos terá. Lento e suave, porque o melhor ainda está por vir. Porque depois que olhei no fundo, bem dentro dos seus olhos que agora não sei descrever a cor, vi a imensa vida medíocre que tem, tudo o que tem, e sobretudo queria me tornar a mesma coisa que você: morta! sinto pena de ti. Estou viva!