sábado, 31 de julho de 2010

Diálogo!

- Você some, não responde emails, não liga, não responde sms, marca encontro e não dá as caras. Depois volta e se comporta como se tivéssemos nos falado ontem.

- Eu sei, me perdoa. É que sou assim, algo me puxa para outro lado, algo acontece e eu vou, alguém me chama e eu aceito.. não é por mal não é que eu não dê importância... simplesmente acontece ...
- Mas custa avisar de alguma forma?

- Não, eu sei que não... mas eu sempre quero fazer isso de uma maneira especial, não quero so uma mensagem dizendo não vou, quero pedir desculpas, dizer porquê e nem sempre dá...

- Como assim não dá? Sempre dá...

- Como é que eu posso por exemplo, ligar e dizer que resolvi sair com aquele amigo que prometi dias antes, riscar do mapa? Como dizer que não fui pois fiquei com preguiça de me arrumar? Ou dirigir? Ou que me distrai com meu patrão e perdi a hora de voltar para casa.

- Mas essas são as suas razões para não ir, para não dar notícias?

- Eventualmente ...

- Não acredito, você tem idéia como isso soa egoísmo? Deixar alguém esperando por esses motivos? Sem se quer da uma explicação... ficou pior, porque, agora, acho que você não dá a mínima para mim...

- Isso não é verdade eu adoro você!

- Maneira interessante de gostar de alguém, esta sua!

- Nunca amamos os outros como queremos.

- ???

- Nunca é como deveria ser. Cada um ama de um jeito e nunca é do jeito que o outro entenda...

- Não distorce, estávamos falando de você sumir e não avisar..

- Mas é isto, eu sou assim, sou mais assim ainda com os mais próximos. Acho seguro furar com você.. porque sempre acho que você vai entender que isto não tem nada a ver com o que sinto por você!

- Que bom... você fura comigo, porque gosta de mim, não acredito nisso!

- Então me desculpe, mesmo sem acreditar! (estou sendo sincero com você)

- Você promete me avisar na próxima??

- Prometo tentar!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meio Anjo-diabinho

De manhã aquele sol bate na janela e eu acordo ouvindo barulhos, ruídos, pessoas falando como doidas. Eu confusa e um tanto perdida nem sei onde estou e o que fazer depois de tudo. Escovar os dentes, vestir aquela roupa da noite passada e os tênis jogados no canto da sala e pronto, saindo para caminhar, pensar e ver aquele sol todo raiando lá fora. Dia quente, eu na rua sozinha e a cabeça voando. Estou enlouquecendo e mudando. Olhos pintados, cabelos arrumados, salto alto e aquele meu velho e lindo batom nude, saindo na rua ouvindo mil e um casos contados aos detalhes daquelas pessoas desconhecidas paradas na esquina. Tonta e linda, uma rainha meio sonsa, uma princesa meio louca e uma mulher, típica mulher em seus dias de transação, em pleno momento de fusão. Andando, feito dona moça, sapatinho lindinho em seu pé trinta e três causando dores e estresse, e por dentro aquela velha menina de sempre com seus tênis correndo na rua fugindo da sombra que a assombra. É tudo assim, os dias vão e vem, o sol vai e vem a lua e o que era ontem se torna rapidamente hoje e o antes é esquecido, trocado pelo que é agora. E eu, confundida? Meio louca e meio certa vou tentando me ajeitar e deixar pra trás o que já se foi. Assim mesmo toca a vida a menina-mulher-tonta-rainha, tudo isso em uma só como se fosse várias mulheres enlouquecendo e a beleza se desfazendo. Agindo como uma bela de repente a fera toma conta e o que ela angelical se torna um diabinho – como aquelas velhas figuras, de novela, do lado direito o anjo mostrando o bem e do esquerdo aquele diabinho sem vergonha induzindo ao avesso – ela se cala, sorri ao diabinho com cara de “to afim”, porém aquele anjinho a deixa em dúvida. O que seguir? Estou confusa. Como quem pede um algodão doce eu tomo meu mate amargo e fico pensando e cada vez mais pirando. Estou até virando gente grande! Impressionante a minha alto-confiança em viver essa vida adoidada, se fosse há algum tempo atrás certamente eu gostaria de ser abduzida ou, em nossa boa e típica língua, fugir desse tempo corrido e dessa falta de atenção aos que estão em volta. Mentiras e caras-de-pau, vejo isso à volta durante o tempo todo e essa elegante rainha raivosa e anjinha fica sem saber o que fazer. Coisas bobas, fúteis e eu no meio feito aquele jogo de criança em que sempre tem o “bobo”. Mas, continuo elegante, linda e delicada, por mais que me falte, muitas vezes, a paciência, amores e bla bla blá. Sou essa bela e fera que esconde quando precisa o seu lado mais feroz. Gata selvagem e por vezes sei ser domesticada. Rá! rs

domingo, 25 de julho de 2010

Acontece, idependente de querer ou não!

Eu estive trancado num quarto escuro por todo minha vida! A janela estava vedada...não havia luz alguma lá, por isso o espelho nada refletia! Mas a parede do quarto apodreceu e alguns tijolos cairam, então a luz pode entrar e eu pude me ver finalmente...Começo a entender o que sou, mas da medo....E agora a porta ja não está trancada...será que devo sair??
...Um tempo depois....eu respirei fundo e sai....no inicio a luz machuca os olhos....ha dor....ha revolta....e sem querer acabo ferindo quem mais me ama....pois não sou como sempre sonhou e nem como sonhei....eu sofro junto...as lágrimas aumentam minha angústia.......eu queria voltar para o quarto original...juro q queria...mas parece q cresci.....aquele quarto não pode me conter mais....
Viver...é muitas vezes estar em sofrimento....mas o fato de viver, independe da minha vontade.