sábado, 2 de outubro de 2010

Alem de mim;

Faço o impossível também. Mas eu sou um ser humano, tenho toneladas de defeitos e um deles é, ainda que sem querer, esperar que a outra pessoa também se preocupe comigo. Sei que cada um demonstra preocupação de um jeito, cada um ama de uma forma, não existe certo e errado. "Só porque alguém não te ama como você quer, não significa que não te ame com tudo o que pode". E é isso mesmo. Não podemos exigir amor, o nosso amor ou a nossa forma de amar não é a certa, isso não existe. Entenda que somos diferentes, e imperfeitos ! O que é certo pra mim pode ser errado pra você e vice versa . O amor tem um significado unico, porém, existem diversas formas de aprender a amar ! Contanto que seja amor, tá valendo .

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cartas.

Estou te escrevendo essa carta, pois hoje me bateu uma saudade; meu cigarro acabou e assim sinto-me amparado por alguém. Essa semana foi bacana, estive com várias pessoas, mas mesmo assim no fim da noite a solidão se faz presente. Acho que estava me deprimindo demais e tudo que aconteceu foi somente para mostra que consigo me superar.

Quanto aquele amor que eu estava vivendo. Só tenho a dizer... Acho que não tenho nada a dizer, faço igual ele, deixo apenas meu silêncio. Precisava tanto de você aqui por perto; podia até deixar o cigarro de lado. Ah, tenho uma novidade! Um novo romance; acho que posso chamar assim. Mas não tenho muitas expectativas (não tenho nenhuma). Mas vou aproveitar o momento, é uma coisa bacana; casual.
Nos últimos dias dormi fora. Senti essa necessidade de sair daqui um pouco. Acho que poderia chamar isso de “falsa felicidade”. Eu custo a entender que isso é pior pra mim, quando chego de manhã volta tudo ao normal e acho que fico pior. Ah, tenho outra novidade; Larguei a bebida! Agora meus únicos vícios são os cigarros, sexo e tristeza.

Vou me despedir por aqui. Escrevi essa carta apenas para desabafar um pouco, mas sei que não caberia nem metade das coisas que quero lhe contar. Para falar a verdade talvez nem a envie. Mas caso isso aconteça, um beijo bem grande e quero você perto de mim logo. Sinto muito sua falta!

Cansei de constantes agonias.

A verdade é que me enchi, De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando.
Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem.
Não se expurga um câncer sem matar células inocentes..."

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Acontece, idependente de querer ou não.

...Deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressiva não,
esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca,
em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Palavras soltas.

Eu acho que de todos os seres vivos, o ser humano, é o mais perverso. Um animal irracional mata ou engana por estinto, por sobrevivência, ou porque é feitio dele fazer. O ser humanao não, ele mata ou engana, por escolha, e isso me deixa confusa sobre as coisas. Será que as pessoas dizem a verdade, mesmo olhando dentro de seus olhos? Ou elas o fazem por puro prazer? Se eu, um animal racional, ser humano, de sentimentos verdadeiros, não sei a resposta, quem um dia vai saber?
Sinto que não me encaixo aonde quero, me sinto inferior por pensar assim, mas o que posso fazer?
A vida nos prega peças sempre, e quem sabe um dia, eu olhe para tudo isso, e veja como tentei, de um jeito ou de outro, ser superior a quem já era a muito, inferior a mim. Complexo não ?
Desejo sempre ter aquilo (por pouco que seja) que me faça bem, que faça sentir que valeu a pena; as lágrimas, os risos, o mais breve abraço.
Não minta pra ninguém, e muito menos pra si, seja SEMPRE o que deseja, não será sua roupa que fará você superior a nada nem ninguém, suas manias esquisitas; que fará de você um doido/a. Faça o que acha que deve fazer, e não o que esperam. Palavras falsas, machucam, doem mais que uma boa surra.

Carta para um homem que já morreu e um pouco de verdade viva'

Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz. E você já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora você morreu.
Não morre, por favor. Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me vê.
Mas você nunca mais me olhou quase chorando, você nunca mais se emocionou, nem a mim.
Você nunca mais pegou na minha mão e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena.
Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz.
De tanto treinar acostumei.
Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó.
O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos.
O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher, transar para sempre. Para dar tempo de seu ser criança, chorar para sempre.
Para dar tempo de eu ser para sempre.
Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você.
Antes que eu morresse de amor. Matei você.

Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu não.'

Ahá rs.

' Te amo mas não quero, nem te ouvir e nem te olhar..."

- Engraçado, eu estava olhando meus contatos do msn e as pessoas que eu mais gosto estão bloqueadas. - Irônico, não?!
- Muito... vai ver elas atrapalham minha vida...
- Ainda bem que você me odeia, aí não vai me bloquear nunca, hahaha!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Preciso de Alguém.

Meu nome é Caio F. Moro no segundo andar,mas nunca encontrei você na escada

Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Tão só nesta hora tardia - eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal -, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas.

Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como - eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. (...)

Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.


(Caio Fernando Abreu - Crônica publicada no “Estadão” Caderno 2 de 29/07/87)